Balonismo
Balonismo
Ficar mais próximo do céu. É essa a sensação que o balonismo proporciona aos praticantes do esporte. A eterna vontade do homem de conquistar o céu ganhou força e hoje em dia é uma realidade.
Toda a evolução das técnicas de vôo fez com que a utilização do balão ficasse segura e, quem quer se aventurar tem toda a certeza de que vai apenas curtir o passeio, sem nenhum risco.
O verdadeiro nascimento do balonismo aconteceu quando dois irmãos franceses, Etiene e Joseph Montgofier, em 1783, realizaram o primeiro teste com um balão. O teste foi um sucesso e a partir daí novos vôos foram programados.
Atualmente existem campeonatos de balonismo por todo o mundo. No Brasil, em 1987 foi fundada a Associação Brasileira de Balonismo (ABB), entidade máxima do esporte no Brasil.
O campeão brasileiro de balonismo, Rubens Kalousdian, acredita que qualquer um pode praticar. "Apesar do custo ser relativamente alto, as equipes se juntam e dividem os custos. Dessa maneira todos conseguem participar e estamos tendo um crescimento no número de equipes".
Equipamentos do balonismo
O balão é dividido em algumas partes independentes, cada uma com uma função diferente. Vamos a elas:
Envelope: o Envelope é com certeza a parte do balão que mais chama a atenção, pelo seu tamanho. É também quem dá a forma ao equipamento. Geralmente feitos de nylon, são preparados para agüentar um calor de até 400ºC e realizar vôos de até 700 horas.
Maçarico: O maçarico é como se fosse o motor do balão. É ele quem transforma o gás em chama e faz com que o envelope mantenha-se cheio. É a partir do maçarico que o balão é controlado.
Cilindro: O cilindro guarda o gás utilizado para a combustão. Funciona como o tanque do automóvel. A quantidade de gás varia de acordo com o tamanho do balão e com o tempo de vôo.
Cesto: Conhecido também como gôndola é utilizado para o transporte dos passageiros. É feito de um material leve e resistente, já que muito peso pode atrapalhar.
Combustível: o combustível utilizado pelos balões é o propano, um gás derivado do petróleo usado pela indústria.
Ventoinha: é utilizada para encher o balão com ar frio.
Historia do balonismo
O balonismo existe há cerca de 2 mil anos. A primeira demonstração foi feita pelo brasileiro Padre Bartholomeu de Gusmão que em 1709, com 23 anos, demonstrou ao Rei João V de Portugal um balão que subiu cerca de 4 metros, mas se incendiou.
O verdadeiro nascimento das atividades aéreas foi com o vôo do balão dos irmãos franceses, Joseph e Etienne Montgolfier, que chegou a atingir cerca de 2.000m de altura.
Alguns brasileiros se sobressaíram no desenvolvimento do balonismo, como Júlio César Ribeiro de Souza em 1881, com o "Victória", Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, em 1893 com o "Bartholomeu de Gusmão" e, finalmente, Alberto Santos Dumont, com sua série de dirigíveis.
No começo, os balões prestavam bons serviços à espionagem nas guerras. Napoleão Bonaparte usava-os para observar as movimentações na retaguarda do inimigo e estudar o terreno da batalha. Chegou a criar o primeiro Corpo Militar de Balões. Durante a Guerra Civil Americana, ambos os lados utilizaram balões ancorados, como postos de observação. Também, na Guerra do Paraguai, o Brasil aproveitou os balões para observação militar.
Os balões foram também o berço de outras atividades: o fotógrafo Félix Nadar, em 1858, tirou a primeira fotografia aérea da cidade de Paris, onde tudo havia começado. O primeiro campeonato de balonismo ocorreu em 1963 e o primeiro campeonato mundial em 1973. A partir daí, o crescimento do balonismo foi grande.
O Brasil, que foi pioneiro com Bartholomeu de Gusmão, teve seu renascimento com Victorio Truffi, que construiu um balão e voou em Araraquara, São Paulo, em 1970. Este foi o primeiro vôo da América do Sul de um balão de ar quente moderno.
O Primeiro Encontro Brasileiro de Balonismo aconteceu em 1986, em Casa Branca, São Paulo. Com ele, iniciou a organização da atividade no país, que levou à criação da Associação Brasileira de Balonismo, no mesmo ano.